Argentina 2017
- Alice Moura
- 28 de jun. de 2017
- 16 min de leitura
Atualizado: 31 de jan. de 2020
Conhecer Buenos Aires foi aquele presente. Daqueles diálogos: Vem! E eu fui!

Floralis Genérica / Fotógrafo: Lucas Bazan
Argentina fica na América do Sul e faz fronteira com Uruguai, Paraguai, Brasil, Bolívia e Chile. Uma amiga que estava morando em Buenos Aires me convidou para visitá-la. Meus planos eram só ir para Costa Rica e Guatemala nas férias de Junho/2017. Mas, não poderia passar essa oportunidade. Comprei a passagem para o dia 28/06 e a volta 03/07 por R$ 647,86 (já com taxa). E fui com apenas R$ 600,00 para uma semana. Fiz milagre heim! Santo alfajor !

Buenos Aires é a capital da Argentina. Seu centro é a Praça de Maio, com imponentes edifícios do século 19, como a Casa Rosada, o Palácio Presidencial. Outras importantes atrações são o Teatro Colón, uma casa de ópera inaugurada em 1908 com cerca de 2.500 lugares, e o moderno museu MALBA, com sua coleção de arte latino-americana. Vou descrever meu roteiro e algumas dicas de como usar o transporte, comida e lugares para conhecer.
Algumas dicas sobre Buenos Aires antes de descrever sobre meu de roteiro de 5 dias na capital.
1 Não precisa alugar carro. O transporte público funciona muito bem. E caminhe pela cidade. Ao guardar o celular no bolso ou na bolsa evite que ele fique exposto.
2 Desapegue do arroz com feijão rs
3 Compre doce de leite nos supermercados, sai mais barato.
4 Cuidado com notas falsas. Ande com dinheiro trocado e e cuidado com notas falsas no golpe troco de táxi.
5 O verão é muito quente. Frio só de abril a agosto.
6 Não precisa pagar caro nos passeios. Além do transporte público funcionar bem, há ônibus hop on hop off da prefeitura.
7 A moeda oficial da Argentina é o peso, que atualmente sofre uma depreciação quase diária provocando uma mudança constante no câmbio em Buenos Aires. Acompanhe o valor da moeda nas casas de câmbio. Ex.: o câmbio de hoje (31/01/20) 1,00 peso corresponde a 0,07 real.
Minha chegada
Cheguei à noite pelo Aeroporto Internacional Ministro Pistarini, mais conhecido por Aeroporto Internacional de Ezeiza, que é o maior aeroporto internacional da Argentina. É considerado um dos aeroportos mais modernos da América Latina e do hemisfério sul. A minha amiga Chris me buscou de táxi. Do aeroporto até o endereço dela mais ou menos ali na Praça da República, (onde tem o Obelisco de Buenos Aires ) deu por volta de 40 min. Na volta eu peguei um ônibus o percurso deu por volta de 3h. Por isso é bom se programar a volta para o aeroporto. Eu por pouco não perdi o voo rs
Como ir dos 2 aeroportos de Buenos Aires (AEP e EZE) para o centro
A capital da portenha tem dois aeroportos: o Aeroparque (AEP) e o Ezeiza (EZE). Cada um com distâncias bem diferentes das regiões centrais. O mais antigo, de 1947, é o Aeroporto Jorge Newbery, mais conhecido como Aeroparque. Foi construído para voos domésticos e aeronaves pequenas, já que fica no bairro de Palermo. Está aproximadamente há 8 quilômetros do centro, entretanto, leva cerca de 10 ou 15 minutos de táxi. Apesar da clara vantagem de distância, por ser um aeroporto pequeno, não recebe aviões de grande porte. Dessa forma, fora os voos nacionais é destino apenas para aeronaves vindas da América do Sul. E com menor oferta.
E o outro aeroporto é o Internacional Ministro Pistarini, que eu mencionei que foi a minha opção O aeroporto foi construído em 1949, É grande, tem vários terminais para embarque e desembarque, um freeshop bem amplo e variado. Do Ezeiza ao centro de Buenos Aires são aproximadamente 30 quilômetros, o que leva uns 40 ou 45 minutos de táxi.
Ezeiza ou Aeroparque?
Embora atualmente os dois aeroportos sejam opção, cada um com suas vantagens, fique de olho na data de sua viagem. Isso porque, o governo argentino decidiu voltar a proposta original do Aeroparque. Desde abril de 2019, o aeroporto recebe somente voos domésticos e vindos do Uruguai. A diminuição dos voos disponíveis começou em 2018, com o corte de 50% na quantidade horários disponíveis em voos internacionais. Agora todos os voos de qualquer lugar do Brasil irão para o Aeroporto de Ezeiza.
Como ir do aeroporto Ezeiza ao centro?
Ônibus (transporte público)
Se por um lado sair do Ezeiza e seguir para o centro de ônibus é fácil e barato, por outro é preciso ter paciência. Como esse aeroporto está localizado em uma cidade vizinha, a viagem é longa. Ao passo que demora duas horas percorrendo diversos bairros da capital portenha. Já é uma maneira de ir conhecendo a cidade. Mas se o trânsito estiver ruim, vai se tornar um problema.
A linha 8 é a que vai do aeroporto ao Centro. A passagem de ônibus na Argentina depende da distância que será percorrida. Nas distâncias acima de 30 quilômetros o preço é de 11,75 pesos, o que equivale a 1,80 reais. Portanto, esse será o preço do transporte público que irá pagar, super barato! Além disso, outro ponto positivo é que os ônibus funcionam 24 horas por dia. Não importa a hora do seu desembarque, é sempre uma opção.
Assim que chegar no aeroporto, precisará providenciar moedas ou o cartão SUBE. É preciso ficar atento, uma vez que os coletivos portenhos não aceitam o pagamento com notas. Com o intuito de saber como adquirir esse cartão e outras dicas de transporte, falarei no final após a descrição do que fiz nos 5 dias que estive na capital.
Quanto custa um táxi de Ezeiza para o centro?
Atenção com táxis já ouvi relato de casos de ficar dando voltas para aumentar o valor da corrida e dar troco em notas falsas. Por isso, o indicado é buscar táxis de empresas autorizadas, que registram os dados do carro e do motorista. Mesmo que pareça prático, evite aqueles que circulam na avenida em frente. Além disso, você também pode calcular o tempo de percurso e o preço médio da corrida pelo site Viajo en Taxi. Assim já planejar os gastos, além de conferir a corrida.

Mapa: Percurso com valor do Aeroporto Internacional de Ezeiza até a Avenida 9 de Julho, onde fica o Obelisco de Buenos Aires.
Outra opção de táxi é o da empresa oficial do aeroporto, a Taxi Ezeiza Oficial, localizada no Terminal A. Nesse caso, a tarifa é fechada de acordo com o bairro que você irá. Para ir ao Centro, por exemplo, a tarifa é 895 pesos (137 reais).
Há sempre possibilidade de usar na cidade os “táxis” por aplicativo como o Uber e o Cabify. Vale lembrar apenas que como você estará fora do país, todas as suas viagens pelo aplicativo terão a cobrança de impostos se optar por pagamento em cartão de crédito.
Remis (carros com motorista)
Confesso que só soube quando voltei para o Brasil. A empresa mais famosa é a mesma dos ônibus executivos, a Manuel Tienda León. Há percursos do Ezeiza para a Capital Federal (Centro de BUE), Terminal Madero, e também para o Aeroparque. A tarifa para cada um desses três percursos varia, mas tem a partir de 800 pesos. Se você estiver com mais duas pessoas, já vale a pena pegar um remis para o seu hotel.
Como ir do Aeroparque ao centro
Agora ir do Aeroparque ao centro fiz uma pesquisa na internet para ajudar quem está na dúvida. Mas, lembre-se que o aeroporto recebe somente voos domésticos e vindos do Uruguai. Se vier direto do Brasil só pelo Ezeiza mesmo.
Ônibus (transporte público)
Por estar bem próximo ao Centro, o Aeroparque é rota de diversas linhas de ônibus coletivos de BUE. Por isso, além de pagar a tarifa menor, de 10 pesos (lembrando que o valor é calculado de acordo com a distância que será percorrida), você não fará percursos muito longo de ônibus para chegar ao Centro e aos bairros próximos.
Passam em frente ao Aeroparque as linhas 33 (Ramal Ciudad Universitária), 37 (Ramal 4), 45 (Ramal Ciudad Universitária) e 160 (Ramal Ciudad Universitária). Apesar de ter o mesmo nome do ramal, as linhas têm percurso diferente, por isso, fique atento ao número da linha e cheque com o motorista se o seu destino está na rota dele.
A linha 33 é indicada para quem vai para o Centro e para o bairro do Retiro. Já a 37 é rota para a Recoleta, bairrio Norte e Congresso. Quem pretende ir para San Telmo deve tomar o ônibus da linha 45 e para Palermo a linha indicada é a 160.
Vale lembrar que os ônibus só aceitam pesos argentinos em moeda e o “bilhete único” portenho, o cartão SUBE. Qualquer estrangeiro pode comprar esse cartão SUBE que é recarregável.
Táxi
Para ter mais segurança, sugiro que você utilize apenas os táxis que fazem parte das empresas registradas, uma vez que há mais controle de veículos e motoristas. Esses táxis ficam logo na saída do Aeroparque. Para pegá-lo, não basta entrar na fila como em outros aeroportos, é preciso emitir um ticket em uma máquina de autoatendimento ainda dentro do próprio aeroporto.
Na tela, você informará o seu destino, quantos passageiros e número de malas. Apesar de burocrático, é mais seguro, pois no papel já sai quanto será a corrida, quanto cada mala vai te custar, entre outras informações. Com o ticket em mãos, você pode ir para a fila do táxi. Saem duas vias: uma você entrega para o taxista e outra fica com você.
O táxi em Buenos Aires é sempre uma boa opção de transporte porque a tarifa não é cara – sobretudo se o câmbio estiver a favor. O preço da bandeira 1 (válida das 6 às 22 horas) é 32,80 pesos (5 reais), acrescido 3,26 pesos (0,50 reais) a cada 200 metros percorridos. Já a bandeira 2 (válida das 22 às 6 horas) custa 39,10 pesos (5,99 reais , sendo acrescido 3,91 pesos (0,59 reais) a cada 200 metros percorridos. Para planejar seus gastos, dá uma olhada no site Viajo em Taxi, que calcula o valor de acordo com a sua rota.

Casa Rosada. Foto: Arquivo Pessoal.
Ah, antes de descrever o meu roteiro vamos a minha série de bandeiras. Gosto muito! Amo saber o significado e a história das bandeiras. É como se fosse um ritual para eu emergir na cultura do lugar.

Foto: Bandeira Oficial da Argentina.
Significado da Bandeira da Argentina
O que é a Bandeira da Argentina:
A bandeira da Argentina é um dos principais símbolos oficiais da República deste país, representando o povo argentino perante as demais nações mundiais. Atualmente, a bandeira oficial da Argentina tem a proporção de 9:14 (altura x largura), e é formada por três faixas horizontais de mesmo tamanho, sendo a primeira e a última da cor azul-celeste, separadas por uma faixa branca. No centro da bandeira, sobre o fundo branco, também está o símbolo do Sol de Maio. Até 1985, a Argentina utilizava dois modelos diferentes de bandeiras: a civil e a de guerra. A diferença estava na presença do Sol de Maio no centro da “bandeira de guerra”, enquanto que a civil apresentava apenas as faixas azul-celeste e branco. Mas, a partir da referida data, o modelo com o Sol de Maio passou a ser usado em todas as ocasiões, seja no âmbito civil, estatal ou militar.
Cores da bandeira da Argentina
Cada uma das cores que compõe a bandeira argentina têm um significado simbólico:
Azul-celeste: representa o azul do céu;
Branco: representa as nuvens, além do sentimento de paz e pureza;
Amarelo “ouro” e marrom: representam o sol.
Alguns historiadores atribuem diferentes interpretações ao significado das cores da bandeira da Argentina, como a provável relação que teriam com a devoção do povo argentino à imagem de Virgem Maria, além de representar as cores da Casa de Bourbon (linhagem de uma nobre família europeia).
Sol de Mayo
Sol de MayoNo centro da bandeira argentina está o Sol de Maio (Sol de Mayo, em espanhol), um dos símbolos oficiais do país. O “Sol de Mayo” é composto por 32 raios, sendo 16 retos e 16 ondulados, em torno da imagem de um sol com a figura de um rosto humano. É considerado a representação do deus do sol da mitologia Inca, Apu Inti.
O Sol de Maio faz referência à Revolução de Maio, evento este que ocorreu entre 18 e 25 de maio de 1810, e marcou o início do processo de independência da Argentina (até então conhecida como Vice-Reino do Rio da Prata) em relação à Espanha.
A criação da atual representação do Sol de Maio é de autoria do peruano Juan de Dios Rivera Túpac Amaru (1760 – 1843), conhecido por “El Inca”, devido ao fato de ser descendente da nobreza desta civilização. O seu uso como escudo nacional argentino foi atribuído a partir do decreto de 12 de março de 1813, instituído pela Assembleia Geral Constituinte.
O Sol de Maio também faz parte da bandeira oficial do Uruguai.
História da bandeira da Argentina
A atual versão da bandeira argentina foi concebida pelo militar e intelectual Manuel Belgrano, apresentada inicialmente em 27 de fevereiro de 1812, como símbolo da Guerra da Independência. A concepção da bandeira foi feita na região de Rosario e hasteada pela primeira vez no topo da Igreja de São Nicolau de Bari, em 23 de agosto de 1812. A bandeira feita por Belgrano, no entanto, só foi declarada oficialmente um símbolo argentino em 20 de julho de 1816, juntamente com a Declaração de Independência do país. O Sol de Maio só foi incluído em 1818, por votação do Congresso, mas, como dito, originalmente só era utilizado na “bandeira de guerra”.
O que eu fiz em Buenos Aires:
Passeio pelo centro histórico:
Obelisco de Buenos Aires
Sabe aquela avenida bem conhecida de Buenos Aires, a 9 de Julio? É no cruzamento dela com a Calle Corrientes que se encontra o Obelisco. Essa região é conhecida como o Centro da capital portenha. Por perto está a Calle Florida, o Teatro Colón e inúmeros edifícios, hotéis, lojas, casas de tango e restaurantes. Vale a pena passar por ali também à noite. Os telões com propagandas, o trânsito constante e as luzes da cidade mostram a grande metrópole que Buenos Aires é. Obelisco é um monumento histórico da cidade de Buenos Aires, na Argentina. São mais de 60 metros de altura localizados em uma das áreas mais movimentadas da cidade.
A história por trás do Obelisco de Buenos Aires
Há muitos anos, a área onde hoje está o Obelisco era ocupada por uma igreja. Foi nela que a bandeira da Argentina foi hasteada pela primeira vez em Buenos Aires. Isso ocorreu no ano de 1812. Em 1936, em comemoração aos 400 anos da primeira fundação de BsAs, o Obelisco tomou forma. Sua obra inicial foi autoria do arquiteto Alberto Prebisch, considerado pioneiro na arquitetura argentina moderna. Ele também é responsável por outros memoráveis edifícios da cidade, como o Cine Gran Rex.
Curiosidades sobre o Obelisco de Buenos Aires
1. O Obelisco foi inaugurado em 1963
2. Há 207 degraus dentro dele
3. Antigamente era possível visitar o Obelisco por dentro
4. Já desejaram que ele fosse demolido
5. Há inscrições nos seus quatro lados
Casa Rosada - Sede do Governo
A Casa Rosada é a sede do Poder Executivo , onde exerce as suas funções o Presidente da República.
Como chegar à Casa Rosada
Endereço: Balcarce 50 (Plaza de Mayo),
Metro: Linha A: estação Plaza de Mayo / / Linha B: estação Leandro N. ALéM / Linha D: Estação Catedral.
Linhas de ônibus: 2, 4, 6, 20, 22, 24, 28, 29, 33, 50, 56, 61, 62, 64 , 74, 91, 93, 99, 105, 109, 111, 126, 130, 140, 142, 143, 146, 152.
Visita a Casa Rosada (Gratuita)
Muito importante: para visitar a Casa Rosada deve pedir permissão, com pelo menos 15 dias de antecedência.
Como marcar uma visita a Casa Rosada
As visitas são solicitadas pelo menos 15 dias de antecedência no site da Casa Rosada. Os visitantes devem chegar 20 minutos antes do tempo da visita a entrada da Rua Balcarce 50 com um documento de identidade (identidade ou passaporte) e a confirmação da visita impressa ou em telefone celular.
Dias e horários: As visitas são aos sábados, domingos e feriados das 10:00 às 18:00 hs.
As visitas podem ser canceladas ou alteradas por razões de agenda.
Website para marcar uma visita: https://visitas.casarosada.gob.ar
E-mail: visitascasarosada@presidencia.gob.ar
Catedral Metropolitana de Buenos Aires:
Bairro Chinês
Bosques de Palermo
Cemitério da Recoleta
Estádio Boca Júnior
Rua Caminito, La Boca.
Jardim Japonês
Puerto Madero
Feira de San Telmo
Avenida de Mayo,
Passeio de barco pelo rio Tigre e Delta:
Fotos: Arquivo Pessoal.
Café Tortoni:
No último dia da minha estadia eu acordei bem cedo e fui tomar meu café da manhã no Café Tortoni, que fica na Avenida de Mayo 825. Fui sozinha mesmo. Da Avenida 9 de Julho até lá deu uma caminhada leve de 8 min. O café não é tão bom assim, mas o chocolate com churros é muito bom. O Café Tortoni se tornou um ponto turístico de Buenos Aires. Aberto em 1858, ele conserva uma decoração antiga e é a cafeteria aberta a mais tempo na cidade. A casa não oferece apenas cafés e também tem um cardápio longo e variado que inclui saladas, bife de chorizo, entre outros. À noite, a cafeteria mais famosa de Buenos Aires oferece shows de tango, com bom preço comparado a outros lugares. O show não é tão exuberante, mas vale a pena para conhecer. É recomendável fazer reserva.

Mapa do Google.
Outras dicas importantes:
Transporte
O Metropolitano de Buenos Aires é a rede de subterrâneos da cidade de Buenos Aires. A primeira linha desta rede de trens subterrâneos foi inaugurada em 1913, sendo a primeira de seu tipo na Ibero-América e em todo o Hemisfério Sul.
Tudo sobre o metrô em Buenos Aires
Andar de metrô em Buenos Aires é muito fácil e muito prático também. O subte – como o metrô é chamado por aqui – é sem dúvida a forma mais rápida de chegar onde você deseja.
Cartão SUBE: obrigatório em Buenos Aires
Antes de tudo, para “viajar” (sim, é engraçado, os argentinos usam a palavra viajar quando se referem a tomar algum transporte público) de ônibus, de trem ou de metrô em Buenos Aires, você precisa ter um cartão chamado SUBE. O transporte público funciona de forma bem razoável, principalmente se você puder optar pelos horários menos disputados. Mas para utilizar qualquer linha de ônibus (aqui chamados de colectivos) ou de metrô (o subte), você precisa desse cartão magnético. Atualmente, nem os colectivos nem o subte aceitam pagamento em dinheiro. Ele pode ser comprado nos guichês das estações de metrô ou nos quiosques chamados de kioscos ( lojinhas de conveniência). Atenção: o custo oficial da SUBE é de 90 pesos argentinos. No site oficial do Governo de Buenos Aires você vai ler que é necessário registrar o cartão no seu nome, mas na verdade não é obrigatório. É mais pra controle deles do que qualquer outra coisa. Ou seja, compre seu cartão e use-o tranquilamente.
Uma vez com o SUBE na mão, você precisa colocar crédito nele, o que é feito também nas próprias estações de metrô, assim como em quiosques, lotéricas e outros locais habilitados. O cartão SUBE funciona como um cartão pré-pago. Ou seja, após comprá-lo, você vai ter que colocar crédito nele, o que pode ser feito no próprio momento e no local onde você o adquiriu. Um mesmo cartão pode ser usado por mais de uma pessoa, portanto não se preocupe em gastar mais para comprar um cartão por cada uma das pessoas do grupo. O valor a ser carregado, depende de quantas vezes você pretende usar ônibus ou metrô e de quantas pessoas vão utilizá-lo.
Como usar o cartão SUBE no metrô
Para ter acesso ao metrô de Buenos Aires basta apoiar o cartão SUBE no ponto de leitura do cartão, ao lado das roletas de entrada e saída de cada estação. Mas quanto mais usar o SUBE, mais barato sai a passagem, pois há um plano de descontos de acordo com a quantidade de vezes que você utiliza o metrô durante o mês. Em setembro de 2019 a passagem de metrô custava $ 19,00 (pesos argentinos) e dá direito a você combinar várias linhas pagando apenas uma vez, desde que não saia de nenhuma estação. E quanto mais você usa, mais barata ela fica. Há um plano de descontos de acordo com a quantidade de vezes em que o metrô é utilizado durante o mês. Funciona assim (valores em setembro de 2019):
1 a 20 viagens: $19,00
21 a 30 viagens: $15,20
31 a 40 viagens: $13,30
41 em diante: $11,40
As linhas do metrô em Buenos Aires

São seis linhas formam a rede de metrô em Buenos Aires: linhas A (sinalizada em azul celeste), B (vermelho), C (azul escuro), D (verde), E (violeta) e H (amarela). Elas estão conectadas entre si, o que torna possível fazer as combinações, assim você usa mais de uma linha e pagando uma só vez. Para fazer isso é só consultar o mapa da rede e descer na estação indicada para fazer a troca.
Como usar o cartão SUBE no ônibus
No caso dos ônibus, quando você entrar (pela porta da frente), vai ver que também tem um aparelhinho de leitura do cartão SUBE. Você informa ao motorista o lugar para onde vai e ele marca na máquina o valor equivalente a ser debitado. Só então você apoia o cartão no leitor e é feita a cobrança. As tarifas de ônibus atualmente variam de 18 a 23 pesos argentinos (valores em setembro de 2019).

Trem para Tigre para fazer o passeio de barco pelo rio Tigre e Delta. Foto: Arquivo Pessoal.
Comida:
A capital argentina é uma cidade onde podemos fazer uma verdadeira viagem gastronômica pelas raízes portenhas. Vou listar algumas coisas que valem provar, nem todas da lista provei, mas andei pesquisado, e já quero voltar. Tipo sorvete! Li tanto sobre o sorvete como era bom que fiquei curiosa.
1. Alfajor
Pensou na marca Havanna né... mas saiba que nos kioskos você encontra diversas marcas deliciosas e com um preço mais camarada. Aproveite e coma bastante alfajor, de todos os sabores possíveis. Chocolate, doce de leite, mousse, cobertura branca. Me indicaram a marca Jorgito, dizem que é bem boa e pode ser encontrado nos supermercados. Outra marca é o El Cachafaz.
2. Doce de leite
O doce de leite argentino é bem diferente do que estamos acostumados a comer no Brasil. Ele parece ter menos leite e açúcar, além de ter uma cor mais dourada, Existem as marcas que me indicaram: El Cachafaz, Havanna, San Isidro Labrador, La Serenísima.
3. Carne argentina
Um bife de chorizo ou um ojo de bife, ou até mesmo a entranha (sim, o nome é esse mesmo), são poucos exemplos do que esse país pode te oferecer! Procure um bom restaurante para comer uma verdadeira parrilla, pois há alguns turistas que acabam se decepcionando. Um ponto que vale é ressaltar é que a comida em Buenos Aires tem pouco sal e tempero. É costume dos argentinos. Se quiser peça o saleiro para o garçom, assim como o molho vinagrete, chamado de salsa criolla, e o chimichurry.
4. Empanada
Seria uma verdadeira falta de respeito visitar Buenos Aires e não comer ao menos uma empanada. Ela é outro item super fácil de achar, barato e que vale muito a pena experimentar.
5. Vinho
Nas prateleira do supermercado você encontra tanto vinho bom por um preço tão acessível. A uva clássica argentina é o Malbec da região de Menzoa. Não deixe de provar também o vinho branco da uva Torrontés, da região de Salta.
6. Medialuna
Parece um croissant, mas não é! A massa é diferente e não tem muito o que explicar sobre esse pãozinho lindo que parece uma meia lua! Normalmente você encontra dois tipos de medialuna, a feita com manteiga e outra feita com gordura. Há outras ainda que são chamadas de facturas e são recheadas de doce de leite!
7. Sorvete
Li tanto sobre os sorvetes de Buenos Aires. Mas, confesso que não experimentei. Então experimente no meu lugar rs
8. Pizza
A pizza da Argentina é bem diferente da pizza do Brasil. Não é nem melhor nem pior, apenas diferente. A massa é mais grossa, parece que colocam o triplo de queijo e os sabores no geral são sempre clássicos. Para aqueles que não querem gastar muito o paraíso é a Pizzaria Ugi’s.
9. Fernet com coca
Esse drink é tão especial que é um verdadeiro ícone do povo argentino. Ele pode ser preparado com coca-cola, refrigerante de pomelo ou soda de sifão. Todo boteco tem ele no cardápio pois o fernet está presente em todo happy hour. Vale a pena experimentar e saber como os hermanos enchem a cara!
10. Café
Em Buenos Aires é preciso saber muito bem onde tomar o café. Os cafés notáveis, famosos por sua história e arquitetura, no geral não servem um café bom mesmo. O local mais famoso da cidade é o Café Tortoni, com o seu conhecido churros. É bem turístico, mas ao mesmo tempo obrigatório. Eu fui sozinha tomar café. Como uma boa jornalista falante fui convidada por uma mãe que estava com seu filho para sentar na mesa com eles. Eles eram brasileiros também, mas esqueci de qual estado
11. Picada
A picada serve muitas vezes como entrada em uma refeição, e se ela for bem grande serve até mesmo como a refeição em si. Ela é uma tábua de frios com diversos tipos de queijo, salames, azeitonas, presunto cru, pães, etc.
12. Cervejas especiais
Buenos Aires está com uma linda e gostosa moda, a da cervejas especiais. Nos bairros de Palermo e San Telmo principalmente há diversos bares com esse foco, com vários qualidades de cervejas artesanais.
13. Sanduíche de miga
Um sanduíche que faz parte da cultura argentina e de muitos piqueniques é o de miga. Ele é feito em camadas de pão, presunto, queijo e o que mais você quiser: tomate, maionese, alface, etc. É algo mais leve, ótimo para o verão.
14. Choripan
Pão com linguiça, tem como ser ruim? Ainda mais com um tempero típico argentino? Um lanche rápido, delicioso e barato! Ele pode vir incrementado com presunto, queijo e ovo.
15. Milanesa
O prato feito portenho é uma grande milanesa com purê de batatas, ou fritas se preferir! Vale a pena experimentar em algum almoço da sua viagem. Saiba de antemão os tipos de milanesa mais comuns: pura, napolitana (coberta com queijo e presunto), provenzal (temperada com alho e salsinha), rellena (rechada e enrolada com presunto e queijo) ou a la suiza (coberta por um creme branco). Existe até uma rede de restaurantes com várias filiais focadas só nisso, El Club de la Milanesa!

Foto: Arquivo Pessoal.
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